A terapia por ondas de choque é uma técnica terapêutica não invasiva que utiliza impulsos acústicos de alta energia para tratar diversas condições musculoesqueléticas. Originalmente desenvolvida para o tratamento de cálculos renais, essa abordagem se expandiu para a ortopedia e fisioterapia, sendo particularmente eficaz no tratamento de dores crônicas e lesões que não respondem a métodos convencionais.O funcionamento da terapia por ondas de choque baseia-se na geração de ondas mecânicas que são direcionadas à área afetada. Essas ondas promovem a cicatrização dos tecidos ao estimular a vascularização, aumentar o fluxo sanguíneo e provocar microtraumas controlados nos tecidos.
Esses microtraumas, embora possam causar um leve desconforto temporário, desencadeiam a resposta natural de cura do corpo, acelerando o processo regenerativo.As principais indicações para a terapia por ondas de choque incluem condições como fascite plantar, tendinites (como tendinite calcárea do ombro e epicondilites), pseudartrose (fraturas não consolidadas) e outras patologias que causam dor crônica. O tratamento é geralmente realizado em sessões curtas, com duração média de 5 a 10 minutos por região afetada, e pode exigir entre três a oito sessões, dependendo da gravidade da condição.
Os benefícios da terapia por ondas de choque são variados. Ela não apenas proporciona alívio da dor, mas também promove alterações estruturais nos tecidos, estimula a formação óssea e acelera o metabolismo local. Além disso, por ser um método não invasivo, evita a necessidade de cirurgias em muitos casos, reduzindo os riscos associados a procedimentos cirúrgicos e à dor pós-operatória.Entretanto, existem contraindicações para o uso dessa terapia. Pacientes com infecções na área a ser tratada, gestantes e crianças devem evitar esse tipo de tratamento. Também é importante que a terapia seja aplicada sob supervisão médica ou de fisioterapeutas qualificados para garantir sua segurança e eficácia.